Como
convencer o usuário de carro a usar o transporte público? O que falta, sobra ou
incomoda? Como educar o cidadão piracicabano para essa prática, que é um dos
caminhos que garantem a qualidade da mobilidade urbana? Questões como essas vão
ser discutidas na 2ª Semana de Mobilidade de Piracicaba, que ocorrerá de 17 a 22 de setembro. No último
dia do evento também será comemorado o Dia Mundial Sem Carro, por isso, os
organizadores vão convidar os piracicabanos a deixar seu veículo em casa.
A
programação ainda está sendo discutida e montada, segundo Ana Maria de Meira,
da USP Recicla/Esalq. Ela disse que este ano a intenção é trabalhar mais com a
sensibilização do cidadão e com o sistema de transporte municipal, além de cobrar a
implementação do Conselho de Mobilidade.
O
estudante Felipe Basso, do Grupo de Mobilidade do Campus Luiz de Queiroz,
explicou que na primeira edição da Semana de Mobilidade a programação tinha
muitas atividades, o que será revisto este ano. “Vamos trabalhar muito com o
transporte coletivo, inclusive com intervenções nos terminais de ônibus. Vamos
colher depoimentos dos usuários do serviço, que serão gravados em vídeo”, disse
Basso.
Para
Basso, a questão da mobilidade precisa de grande mobilização da sociedade, por isso as ações também ocorrerão em locais de
concentração de usuários – motoristas, passageiros, pedestres etc.
A
Semana de Mobilidade prevê um fórum com especialistas na área de saúde e
planejamento urbano, um desafio intermodal, o Dia Mundial Sem Carro e uma
atividade para os prefeituráveis, que serão convidados a usar o transporte
público.
Para
a representante do Motoclube 20 de Agosto, Lourdes Nunes, a grande questão da
mobilidade é a falta de consciência e educação no trânsito. “Todo mundo esta
envolvido. Se eu não sou motorista, sou pedestre. Se não sou pedestre, sou
motociclista e assim por diante”, disse ela.
Lourdes
disse que é necessário buscar soluções que atendam a todos e não apenas a um
indivíduo. “A gente não está acostumado a pensar como coletividade, ao
contrário, pensamos como indivíduo ou individualmente. Temos que mudar isso porque se algo é bom para mim, tem
que ser bom para o outro também”, disse ela.
Conselho de Mobilidade
A
primeira edição da Semana de Mobilidade gerou um documento com 38 propostas
para o município, mas que ainda não foram colocadas em prática. Este ano,
os organizadores pretendem apenas reforçar algumas propostas que devem ter
prioridade, como o Conselho Municipal de Mobilidade, colegiado que deve
discutir periodicamente o assunto, além do plano de ciclovias e a transformação
da Semuttran (Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes) numa secretaria
de mobilidade urbana.
Participantes
Participam
da organização até o momento a Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz) e USP Recicla, o Motoclube 20 de Agosto, Florespi, Imaflora, Comissão
de Mobilidade da Esalq e Comissão de Plano Diretor da Esalq, Iandé, OCA
(Laboratório de Educação e Política Ambiental), Coletivo Piracema e SUP
(Serviço de Utilidade Pública). Outros parceiros estão sendo convidados a
participar da discussão da programação e ações do evento.
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