terça-feira, 28 de agosto de 2012

Para ter mobilidade, não dá para ficar parado


Como convencer o usuário de carro a usar o transporte público? O que falta, sobra ou incomoda? Como educar o cidadão piracicabano para essa prática, que é um dos caminhos que garantem a qualidade da mobilidade urbana? Questões como essas vão ser discutidas na 2ª Semana de Mobilidade de Piracicaba, que ocorrerá de 17 a 22 de setembro. No último dia do evento também será comemorado o Dia Mundial Sem Carro, por isso, os organizadores vão convidar os piracicabanos a deixar seu veículo em casa.

A programação ainda está sendo discutida e montada, segundo Ana Maria de Meira, da USP Recicla/Esalq. Ela disse que este ano a intenção é trabalhar mais com a sensibilização do cidadão e com o sistema de transporte municipal, além de cobrar a implementação do Conselho de Mobilidade.
 
O estudante Felipe Basso, do Grupo de Mobilidade do Campus Luiz de Queiroz, explicou que na primeira edição da Semana de Mobilidade a programação tinha muitas atividades, o que será revisto este ano. “Vamos trabalhar muito com o transporte coletivo, inclusive com intervenções nos terminais de ônibus. Vamos colher depoimentos dos usuários do serviço, que serão gravados em vídeo”, disse Basso.

Para Basso, a questão da mobilidade precisa de grande mobilização da sociedade, por isso as ações também ocorrerão em locais de concentração de usuários – motoristas, passageiros, pedestres etc.

A Semana de Mobilidade prevê um fórum com especialistas na área de saúde e planejamento urbano, um desafio intermodal, o Dia Mundial Sem Carro e uma atividade para os prefeituráveis, que serão convidados a usar o transporte público.

Para a representante do Motoclube 20 de Agosto, Lourdes Nunes, a grande questão da mobilidade é a falta de consciência e educação no trânsito. “Todo mundo esta envolvido. Se eu não sou motorista, sou pedestre. Se não sou pedestre, sou motociclista e assim por diante”, disse ela.

Lourdes disse que é necessário buscar soluções que atendam a todos e não apenas a um indivíduo. “A gente não está acostumado a pensar como coletividade, ao contrário, pensamos como indivíduo ou individualmente. Temos que  mudar isso porque se algo é bom para mim, tem que ser bom para o outro também”, disse ela.

Conselho de Mobilidade
A primeira edição da Semana de Mobilidade gerou um documento com 38 propostas para o município, mas que ainda não foram colocadas em prática. Este ano, os organizadores pretendem apenas reforçar algumas propostas que devem ter prioridade, como o Conselho Municipal de Mobilidade, colegiado que deve discutir periodicamente o assunto, além do plano de ciclovias e a transformação da Semuttran (Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes) numa secretaria de mobilidade urbana.

Participantes
Participam da organização até o momento a Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) e USP Recicla, o Motoclube 20 de Agosto, Florespi, Imaflora, Comissão de Mobilidade da Esalq e Comissão de Plano Diretor da Esalq, Iandé, OCA (Laboratório de Educação e Política Ambiental), Coletivo Piracema e SUP (Serviço de Utilidade Pública). Outros parceiros estão sendo convidados a participar da discussão da programação e ações do evento.

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